Previsões apontam que a colheita de algodão, em 2021, deve começar na segunda quinzena do mês de junho, no Mato Grosso (maior produtor brasileiro da fibra).
A Conab – Companhia Nacional de Abastecimento espera que a safra deste ano seja de 2.441 milhões de toneladas de pluma e 3.557 de caroço no país.
O produto possui uma grande importância socioeconômica no Brasil, que está entre os 5 maiores produtores de algodão do mundo.
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Para se ter uma ideia, só no primeiro trimestre 731,4 mil toneladas do produto foram exportadas, atingindo o maior volume da história segundo a Anea – Associação Nacional dos Exportadores de Algodão.
Para ajudar o produtor rural a cumprir essa etapa da lavoura com agilidade e evitando desperdícios, preparamos este conteúdo com informações sobre a colheita de algodão.
Condições para colheita
A colheita de algodão é uma fase muito delicada da lavoura das fibras, isso se dá porque caso elas se danifiquem a qualidade do produto pode ser comprometida e abaixar seu preço de mercado. Além disso, durante essa etapa podem ocorrer muitas perdas impactando na produtividade da fazenda.
Colheita mecanizada
Incentivos governamentais, aumento da tecnologia no campo e expansão da cultura do algodão no Brasil são alguns dos fatores que contribuíram para maior adesão dos produtores à colheita mecanizada.
Mas, para que a lavoura das fazendas possa ser colhida mecanicamente é necessário que a declividade do terreno seja inferior a 8% e o solo deve estar livre de tocos, pedras e depressões. Outros fatores precisam ser levados em consideração para que colheita do algodão seja mecanizada:
- Cultivares adequados;
- Espaçamento entre plantas correto;
- Correção e fertilização do solo;
- Controle de plantas invasoras;
- Uso de reguladores de crescimento, maturadores e desfolhantes.
Na colheita mecanizada, as perdas são classificadas em quantitativa e qualitativa. A primeira diz respeito a perdas de algodão que fica no solo (que a colheitadeira não colhe),e a produtos que ficam nas plantas mesmo após a passagem da máquina.
Já as perdas qualitativas estão relacionadas àa colheita durante a maturação inadequada das plantas, variação de comprimento e elasticidade das fibras, excesso de umidade durante o processo e problemas de coloração das plumas (principalmente, devido à poeira nas máquinas).
Máquinas bem reguladas e o respeito a fatores de qualidade, como maturação e umidade, evitam que aconteçam desperdícios durante a colheita de algodão. De acordo com especialistas, 90% a 95% dos capulhos já devem estar abertos antes da etapa e a umidade da fibra deve estar em 12%.
Existem dois sistemas principais quando falamos em colheita mecanizada do algodão, são eles:
Sistema Picker
Também conhecido como sistema de fusos, o Picker extrai o algodão de forma seletiva dos capulhos abertos sem puxar as cascas. Seus pinos giram em alta velocidade fazendo com que a fibra se enrole nos fusos.
O Picker possui preços elevados, o que exige que os produtores tenham uma grande produção da cultura para que haja rentabilidade. Por retirar apenas a fibra e o caroço, o sistema apresenta baixos níveis de impureza, entretanto, as perdas na lavoura podem ser de até 16%.
Sistema Stripper
Utilizado em colheitas de algodão adensado, o Sistema Stripper é considerado o mais econômico e com menor perdas quantitativas, recolhendo quase todo o algodão das lavouras.
Ele é semelhante a um “pente fino” e arranca os capulhos inteiros das plantas, porém isso pode fazer com que algumas partes lenhosas dos algodoeiros saiam junto às fibras e aos caroços.
Para que o nível de impurezas seja diminuído, o Sistema Stripper precisa passar por algumas pré-limpezas, geralmente com extratores HL.
Armazenamento do algodão
O algodão pode ser armazenado em caroço, pluma, sementes ou fibra – tendo cada um deles características específicas para o controle da qualidade.
Quando ele é armazenado em caroço, é preciso tomar alguns cuidados para evitar o aparecimento de matérias estranhas. Portanto, o local deve ser seco, limpo, arejado e protegido do acesso de animais da propriedade.
Antes de fazer o armazenamento do algodão em pluma, é necessário pesar os fardos. O local da armazenagem precisa ser isolado, arejado, isento de umidade (no máximo 12%) e longe do alcance de animais assim como o algodão em caroço.
As pilhas das plumas precisam ser de fácil acesso e os fardos não podem estar em contato direto com o piso para evitar a cavitomia (processo de fermentação do algodão que fica em contato com água).
Além disso, deve haver um controle de temperatura porque se estiver muito quente, as plumas podem pegar fogo. O armazenamento de fardos se dá por tempo ilimitado desde que ele seja mantido longe da umidade (ideal é 10%) e de agentes de contaminação.
A armazenagem em fibra do algodão é a que mais possui riscos de prejuízos ao produtor, ela favorece o crescimento de diversas espécies de fungos e tende a ficar amarelada.
Para saber sobre a armazenagem de sementes, acesse o nosso texto completo sobre armazenagem de grãos.
Conclusão
A produção de algodão possui uma grande importância socioeconômica para o Brasil e cresce a cada ano. Para garantir a qualidade e rentabilidade das lavouras, ter atenção à etapa da colheita é indispensável.
Atualmente, a colheita mecânica têm sido a mais utilizada em grandes fazendas produtoras de algodão por serem terem áreas plantadas mais extensas.
Outro desafio do produtor rural é a armazenagem do algodão, por isso, o Grupo Siagri criou o App Algodoeira que ajuda a na conferência do emblocamento de fardos e traz mais segurança para o processo de beneficiamento de algodão.
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