Muitos produtores rurais que estão em busca da expansão de seus negócios agrícolas optam pela procura de crédito rural.
Mas você sabe quais são as vantagens e desvantagens de contratar um desses serviços?
Existem 3 tipos principais de financiamentos de apoio no agronegócio brasileiro: de custeio, de investimento e de comercialização.
Cada uma delas possui suas singularidades, sempre seguindo as etapas de produção do campo: plantio da lavoura, colheita, armazenagem e vendas.
Neste artigo, falaremos do conceito de crédito rural, das especificidades de cada um dos tipos e das estratégias que o produtor rural pode tomar usando o financiamento.
O que é crédito rural?
Crédito rural é um tipo de financiamento, que pode ser público ou privado, destinado a produtores rurais, cooperativas agrícolas e associações do agronegócio brasileiro.
Como o setor agropecuário é um dos mais importantes para a economia do nosso país, existem diversos tipos de investimentos no setor para que a produtividade do campo cresça.
Em resumo, o crédito rural existe para facilitar o crescimento do setor buscando proporcionar melhores taxas aos produtores e criando redes de colaboração através do incentivo às cooperativas.
Tipos de crédito rural
Manter um negócio rural em funcionamento exige muito capital de custeio, os produtores precisam investir em maquinários, funcionários, insumos e outros.
E nem sempre se tem o retorno imediato dessas aplicações, por isso, muitos optam pelo crédito rural. Veja abaixo os principais tipos de financiamento disponível para fazendas no Brasil.
Crédito de custeio
O crédito rural de custeio é destinado para o custeio de atividade de produção rural, como a compra de insumos agrícolas, gastos relacionados à colheita, para o trato de culturas, processos de replantio e gastos com armazenagem de produtos.
Geralmente esse tipo de crédito funciona como um capital de giro com prazo de 6 a 24 meses. Ele ainda pode ser usado em procedimentos de beneficiamento, comercialização e industrialização de produtos agrícolas.
Crédito de investimento
Já o crédito rural de investimento é voltado para a compra de bens e aquisição de serviços, tendo como objetivo o aumento da produção dos negócios rurais.
Com esse financiamento, o produtor pode adquirir maquinário agrícola, investir em obras de irrigação, fazer reformas ou construções, realizar procedimentos de recuperação de solo e outros.
Crédito de comercialização
O terceiro tipo de crédito rural é o de comercialização, e como o próprio nome já sugere ele é voltado para investimentos na área de vendas de produtos no mercado.
Além disso, ele pode ser usado para aplicações em estocagem e proteção de preços. Esse tipo de financiamento assegura ao produtor rural um armazenamento seguro da colheita, sendo muito utilizado por cooperativas.
Dentre esses três tipos existem diversos programas disponíveis para o agronegócio brasileiro, são eles:
- Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar;
- Pronamp – Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural;
- Programa ABC – Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura;
- Inovagro – Programa de Incentivo à Inovação e Tecnológica na Produção Agropecuária;
- Programa Prodecoop (cooperativas);
- Pronaf-Bio (bioeconomia);
- Moderinfra – Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido;
- Modeagro – Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais;
- Moderfrota – Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras;
- PCA – Programa para construção e Ampliação de Armazéns.
Cada um deles possui suas especificidades, os mais comuns aos produtores rurais são o Pronaf (para custeio de propriedade) e o Inovagro (destinado à inovação tecnológica).
Além do Pronamp (para pequenos e médios produtores); o Modeagro (voltado para modernização dos setores agropecuários) e o PCA (para ampliação de armazéns).
Qual a hora certa de pedir crédito agrícola?
É sempre bom ter em mente que o crédito rural é um tipo de empréstimo que precisará ser pago no futuro com taxas.
Investimentos em maquinários, obras e insumos muitas vezes demoram a dar retorno, por isso, o produtor rural deve analisar muito bem antes de solicitar um financiamento.
Já as aplicações em safra costumam dar um retorno mais rápido.
Outro ponto importante é a análise de necessidades que o negócio rural precisa, assim o melhor tipo de crédito pode ser o escolhido.
Uma boa maneira de descobrir isso é fazendo a análise de fluxo de caixa.
Como conseguir crédito rural?
Para conseguir o crédito rural, o produtor precisa analisar seus dados e ver em qual das classificações de receita bruta disponíveis ele se encaixa:
- Pequeno produtor: até R$ 360.000,00
- Médio produtor: acima de R$ 360.000,00 até R$ 1.760.000,00
- Grande produtor: acima de R$ 1.760.000,00
Essa classificação é muito importante, pois é o que definirá o tipo de crédito, a quantidade de recurso e as taxas que serão aplicadas.
O crédito deve ser solicitado em uma instituição financeira, para isso o produtor precisa comprovar sua receita bruta e apresentar os demais documentos necessários à solicitação.
A variação de juros para programas de crédito rural é de 0,5% a 10,5% ao ano, a depender da modalidade contratada.
Conclusão
O crédito rural existe para incentivar a ampliação do agronegócio no Brasil, fazem parte dele 3 tipos principais: o crédito de custeio; o crédito de investimento e o crédito de comercialização.
Cabe ao produtor rural analisar as necessidades de sua fazenda e escolher a melhor linha de crédito disponível. Para isso, o controle do negócio é essencial.
Uma maneira mais simples de realizar essa gestão é utilizando um software de gestão agrícola que integra todas as áreas do negócio em um só lugar.
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