As estruturas de armazenagem de grãos são diversas e possuem vantagens e desvantagens específicas. Cabe ao produtor rural decidir a melhor para sua colheita, por isso, alguns critérios são levados em consideração.
Talvez o principal deles seja a quantidade, pois dependendo do volume de produção o produtor sabe qual tamanho de estrutura de armazenagem será necessário no fim da colheita.
Custos
Vale lembrar que os gastos com essas estruturas são altos, já que além do material necessário para construção, o produtor rural precisa dispor de uma quantia para o investimento em equipamentos e operacionalização dos armazéns.
Por conta disso, muitos produtores rurais buscam formas privadas de armazenamento ou vendem seus grãos para tradings (empresas de armazenagem que compram a safra antes da colheita). Ainda existem a opção de utilizar cooperativas e estruturas de órgãos oficiais do Governo.
Os principais aspectos para escolher um tipo de armazenagem são:
- Custo de instalação e operação;
- Tipo de produto a ser armazenado;
- Finalidade a que se destina a unidade;
- Fatores técnicos e operacionais;
- Localização.
Além disso, produtores rurais que optam por fazer a armazenagem própria precisam passar por treinamentos específicos para a correta execução dos procedimentos, preservando a qualidade dos grãos.
Silos
Das estruturas de armazenagem, umas das mais conhecidas são os silos, neles a produção pode ser colocada de maneira natural sem a utilização de sacos.
Os tipos de silos variam de acordo com o objetivo da armazenagem e sua construção depende de alguns fatores, como um terreno firme em que não haja inundações – com o lençol freático a, no mínimo, 1 metro de profundidade da superfície.
Além disso, eles devem respeitar uma área de distância das lavouras e estar a pelo menos 2,5 metros de barrancos e superfícies desniveladas. A fundação depende da resistência do solo.
Silo Bag
Os silos bags também são conhecidos como sacos de grão a granel ou silos bolsas. São bastante acessíveis aos produtores rurais, mas exigem um controle cuidadoso. Eles são mais utilizados a curto prazo e conseguem armazenar um grande volume de grãos.
Geralmente, os silos bag medem de 40 a 90 metros de comprimento, suportando de 100 a 300 toneladas.
O material mais comum na fabricação de silos bag é um polietileno de três camadas – duas brancas para proteção contra os raios UV e uma camada interna preta para bloquear a luz.
Os grãos mais comumente armazenados nesse tipo de estruturas são trigo, cevada, milho e sorgo. Todos esses necessitam de uma umidade inferior a 12,5% para manutenção de qualidade. Não é aconselhável armazenar leguminosas neste tipo de silo.
Silo Vertical
Os silos verticais oferecem opções de armazenagem mais longas, suas células possibilitam o mínimo de trocas entre o ambiente externo e interno, o que favorece o controle de qualidade (umidade, temperatura, outros) e o manejo de pragas.
Existem diferentes tipos de silos verticais, sendo a principal diferença entre eles o material de fabricação dessa estrutura de armazenagem. Para cada material, existem diferentes custos e necessidades de manutenção.
O tamanho dos silos verticais depende do volume de produção de grãos do negócio rural, além da quantidade de safras por anos. Grandes produtores optam por silos de tamanho médio (de duas mil toneladas cada) por serem mais fáceis de monitorar.
- Silo de madeira: utilizados para volumes pequenos de produção, de 60 a 80 toneladas.
- Silo de alvenaria: armazenam de 100 a 1200 toneladas de grãos.
- Silo metálico: utilizados para seis mil toneladas ou mais, um dos tipos mais utilizados no Brasil (junto com o de concreto). Suas fundações são mais simples e, consequentemente, mais baratas e suas células possibilitam mais flexibilidade operacional. Porém, podem ter infiltrações e vazamento de gases no processo de expurgo.
- Silo de concreto: armazenam 3 mil toneladas ou mais e são muito comuns entre os produtores brasileiros. Suas paredes espessas evitam a transmissão de calor para a massa dos grãos e possuem melhor conservação dos grãos durante longos períodos. Entretanto, silos de concreto são caros tanto para instalação como para manutenção.
Armazém graneleiro
Os armazéns graneleiros são estruturas simples onde os grãos ficam estocados aos montes em cima de lajes no terreno da propriedade rural. São espaços pequenos com grande espaço para recebimento de volume e são mais baratos.
Porém, esses tipos de estruturas de armazenagem têm uma grande possibilidade infiltração de água e baixa versatilidade na mobilidade de grãos – tornando a retirada de estoque mais complicada para os produtores.
Paiol
O paiol é muito utilizado no armazenamento de milho em espiga, é um tipo de estrutura muito suscetível ao ataque de pragas como insetos, fungos e roedores.
Nas propriedades, essas estruturas devem ter barreiras contra a circulação de ratos e praticidade durante a carga e a descarga das espigas.
Possui um baixo custo de armazenagem, sendo que os sabugos e as palhas retiradas das espigas podem ser utilizados para alimentação animal.
Como desvantagens, no caso de chuvas durante a armazenagem, as espigas podem acabar sendo molhadas e o pequeno espaço não permite que os grãos sequem rapidamente.
O local de instalação do paiol deve ser longe de animais domésticos como cães, galinhas, patos e gatos. Também é aconselhável que ele seja feito longe de árvores ou estruturas que facilitem o acesso de roedores.
Conclusão
Existem diversas estruturas de armazenagem de grãos e cada uma delas atende a um tipo de produtor rural. No Brasil, algumas ainda são muito caras, o que faz com que as propriedades optem por vender suas safras inteiras e não armazenar.
Para saber mais sobre armazenagem de grãos, veja o texto completo do Blog Siagri sobre essa etapa tão importante em uma lavoura.
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