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Entenda a logística reversa de embalagens de defensivos

Você já parou para pensar no destino das embalagens de defensivos agrícolas após seu uso?  Se você é parte do agronegócio ou se preocupa com sustentabilidade, entender a logística reversa de embalagens de defensivos é fundamental.

A cada dia, bilhões de embalagens são descartadas, e a forma como lidamos com esse resíduo pode ter um impacto considerável no meio ambiente.

No Brasil, 94% das embalagens comercializadas passam por processos de reciclagem, reutilização para a fabricação do mesmo tipo de produto ou são incineradas de forma segura e adequada.

Nesse sentido, a logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas é uma prática essencial para dar destino ambientalmente adequado a resíduos gerados pelo uso desses produtos.

Por isso, neste artigo, vamos explorar de forma detalhada como funciona essa logística, quais são os benefícios para o meio ambiente e para as empresas e como implementar um sistema eficiente no agronegócio. Vamos lá?

O que é logística reversa de embalagens e qual sua importância?

A logística reversa consiste é o conjunto de ações cujo objetivo é recolher, gerenciar e dar o destino correto aos resíduos pós-consumo, especialmente às embalagens utilizadas em defensivos agrícolas.

Essa prática previne a contaminação do solo e da água e promove a reutilização e a reciclagem dos materiais, reduzindo os impactos ambientais.

A importância da logística reversa se reflete em diversos aspectos:

  • Meio ambiente: ao destinar corretamente as embalagens, evita-se o acúmulo de resíduos que podem contaminar o meio ambiente e causar danos irreparáveis à biodiversidade.
  • Legislação ambiental: a prática está em conformidade com as normas e regulamentações vigentes, que obrigam as empresas a se responsabilizarem pelos resíduos gerados por seus produtos.
  • Sustentabilidade: promove o uso racional dos recursos naturais, incentivando a economia circular e a recuperação de materiais, contribuindo para a preservação ambiental.

Benefícios da logística reversa de embalagens

A logística reversa de embalagens tem ganhado destaque nos últimos anos, oferecendo benefícios tanto para a sociedade quanto para o meio ambiente.

Reduzir o impacto das embalagens descartadas é uma necessidade urgente. Nesse modelo, os materiais são reutilizados e reciclados, ajudando a diminuir a extração de novos recursos naturais.

Mas, além disso, ainda existem outros benefícios notáveis:

Conformidade legal

Diversas leis e normativas exigem que as empresas adotem práticas de destinação correta dos resíduos, garantindo que não haja danos ambientais e promovendo a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, distribuidores e consumidores.

A adesão a essas normas não só evita penalidades e multas, mas também fortalece a imagem da empresa perante órgãos reguladores e a sociedade.

Economia circular

A logística reversa é um elemento essencial na promoção da economia circular, um modelo econômico que busca minimizar o desperdício e maximizar a reutilização de recursos.

Ao recolher e tratar as embalagens de defensivos agrícolas, os materiais podem ser reaproveitados na fabricação de novos produtos.

Esse ciclo de reaproveitamento diminui a dependência de matérias-primas virgens, estimulando inovações tecnológicas e processos que tornam a cadeia produtiva mais eficiente e sustentável.

Economia de recursos

Implementar a logística reversa significa, também, uma redução nos custos operacionais a longo prazo.

A reutilização de materiais recicláveis permite às empresas diminuir os gastos com a aquisição de novos insumos e otimizar a produção.

Imagem da marca

Investir em práticas sustentáveis e responsáveis gera um impacto positivo na percepção da marca.

Empresas que adotam a logística reversa demonstram comprometimento e responsabilidade social, o que pode resultar em:

  • Valorização da marca: consumidores e parceiros valorizam empresas que se posicionam de forma ética e sustentável.
  • Diferenciação no mercado: ter uma política robusta de gestão de resíduos pode ser o diferencial que atrai novos clientes e fideliza os já existentes.
  • Acesso a novos mercados: iniciativas sustentáveis podem abrir portas para parcerias e investimentos em segmentos que priorizam a responsabilidade ambiental.

Como implementar a logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas

Para implementar a logística reversa, é necessário seguir um conjunto de etapas que envolvem planejamento, execução e monitoramento dos processos.

Implantando um sistema próprio

As empresas podem optar por desenvolver um sistema próprio de logística reversa, criando uma estrutura interna para gerenciar a coleta e o tratamento das embalagens de defensivos agrícolas. Algumas ações incluem:

  • Mapeamento do fluxo de resíduos: identifique os pontos de geração dos resíduos e estabeleça rotas de coleta que garantam a eficiência do processo.
  • Parcerias estratégicas: estabeleça convênios com cooperativas e empresas especializadas em reciclagem e destinação de resíduos. Essas parcerias podem facilitar o tratamento dos materiais e reduzir custos operacionais.
  • Capacitação de colaboradores: treine a equipe para que todos os envolvidos conheçam os procedimentos corretos de manuseio, armazenamento e transporte dos resíduos.
  • Monitoramento e auditoria: implante sistemas de controle que permitam a rastreabilidade dos resíduos, garantindo a conformidade com as normas ambientais e possibilitando a realização de auditorias periódicas.

Adquirindo créditos de reciclagem

Outra alternativa é a aquisição de créditos de reciclagem, que funcionam como uma espécie de compensação ambiental.

Esses créditos são gerados a partir de ações que promovem a reciclagem e o reaproveitamento dos materiais, e podem ser utilizados para:

  • Atender a exigências legais: em muitas legislações, a obtenção de créditos de reciclagem pode ser considerada uma forma de demonstrar conformidade com as normas ambientais.
  • Incentivar a economia circular: ao investir na compra de créditos, as empresas contribuem financeiramente para a cadeia de reciclagem, estimulando a criação de novas soluções e processos.
  • Reduzir custos: os créditos podem representar uma economia direta, já que, em alguns casos, substituem investimentos que seriam necessários para a implantação de um sistema próprio de logística reversa.

O papel das empresas agrícola na logística reversa

As empresas agrícolas são responsáveis pela distribuição dos produtos, mas também pelo gerenciamento dos resíduos gerados após o uso. Entre as principais responsabilidades das empresas, destacam-se:

  • Coleta dos resíduos: organizar e viabilizar a coleta das embalagens, garantindo que elas sejam encaminhadas para centros de reciclagem ou reaproveitamento.
  • Informação e conscientização: divulgar, para seus clientes e colaboradores, a importância da logística reversa e os procedimentos corretos para a destinação dos resíduos.
  • Investimento em tecnologias sustentáveis: adotar sistemas de rastreamento, monitoramento e gestão dos resíduos, que garantam a eficiência do processo e a conformidade com a legislação.
  • Parcerias com órgãos ambientais: colaborar com entidades governamentais e organizações não-governamentais para promover ações integradas que incentivem a reciclagem e a recuperação dos materiais.

Penalidades e consequências da não conformidade

A não implementação da logística reversa de embalagens pode trazer sérias consequências para as empresas, tanto do ponto de vista ambiental quanto financeiro.

No Brasil, essa obrigatoriedade está amparada por um conjunto de leis e normas específicas, como:

1. Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais): prevê sanções penais e administrativas para condutas lesivas ao meio ambiente, incluindo o descarte inadequado de embalagens de defensivos agrícolas.

2. Decreto nº 6.514/2008: estabelece infrações e penalidades para descumprimento das normas ambientais, incluindo multas elevadas para quem não realizar a logística reversa de embalagens de agrotóxicos.

3. Lei nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS): define a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, exigindo que fabricantes, distribuidores e agricultores participem do processo de logística reversa.

4. Decreto nº 10.936/2022: regulamenta a PNRS e reforça a obrigatoriedade da logística reversa, estabelecendo sanções para aqueles que não cumprem as diretrizes.

Entre as principais penalidades e consequências para empresas que não se adequam às normas de destinação de resíduos, podemos citar:

  • Multas e sanções: as legislações ambientais preveem multas que podem ser aplicadas para empresas que não se adequem às normas de destinação de resíduos.
  • Danos à imagem: A falta de comprometimento com práticas sustentáveis pode afetar negativamente a reputação da empresa, afastando consumidores e investidores.
  • Responsabilidade civil e criminal: casos de contaminação ambiental e danos à saúde pública podem levar a processos judiciais contra as empresas, resultando em indenizações e até ações criminais.
  • Perda de certificações e selos de sustentabilidade: empresas que não cumprem as normativas ambientais podem perder certificações importantes, o que pode limitar o acesso a mercados que valorizam a sustentabilidade.

 Futuro da logística reversa de embalagens

O cenário futuro da logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas aponta para uma crescente integração entre tecnologia, sustentabilidade e responsabilidade social. Algumas tendências que devem ganhar força nos próximos anos incluem:

  • Maior integração entre setores: a colaboração entre governos, empresas e organizações não-governamentais será cada vez mais fundamental para a construção de cadeias de reciclagem abrangentes.
  • Educação e conscientização: o avanço das campanhas de educação ambiental e a crescente preocupação dos consumidores com a sustentabilidade promoverão uma mudança cultural, incentivando práticas de consumo consciente e a correta destinação dos resíduos.
  • Aprimoramento das legislações: espera-se que as normas ambientais se tornem mais rigorosas, estimulando a inovação e a busca por soluções que conciliem desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente.

Entender e aplicar a logística reversa de embalagens de defensivos é fundamental para que o agronegócio continue se desenvolvendo e contribuindo para a preservação ambiental e para a melhoria da qualidade de vida das comunidades.

Seguindo todas as diretrizes da logística reversa, o agronegócio tem a oportunidade de assumir a dianteira nesse processo, criando modelos de negócios que conciliem crescimento econômico e preservação ambiental.

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Publicado por:
Formada em Comunicação Social Audiovisual, pós-graduada em Linguagens e Processos de Realização para o Cinema e Analista de Conteúdo na Aliare.