Atualmente, os produtores de alimentos enfrentam diversos desafios dentro da agricultura convencional, como é o caso da perda da biodiversidade e do desgaste do solo. Por isso, diversas inovações vêm surgindo no meio e uma delas é a agricultura regenerativa.
Muitos engenheiros agrônomos acreditam que com a aplicação da prática em solos brasileiros podemos recuperar a saúde dos terrenos e, ao mesmo tempo, gerar mais rentabilidade para as lavouras do país.
A agricultura regenerativa ainda contribui para 9 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU),pois melhora a forma como a agricultura é gerida, diminui as emissões de carbono (CO2),impede a desertificação do solo e muito mais.
“Sustentabilidade como ponte, regeneração como destino”
“Sustentabilidade” é o termo utilizado para processos que permitem sua permanência, ou seja, não esgotam os recursos das matérias-primas que precisam para funcionar. Já a “regeneração” vai além disso, ela repõe e reconstrói o que foi danificado.
Em mundo que já foi completamente alterado pela atividade humana, práticas tanto sustentáveis como regenerativas são o nosso futuro. Enquanto a primeira neutraliza efeitos gerados no passado, a segunda gera impacto positivo.
Porém, é necessário que a atividade produtiva passe por um período de transição para chegar até a agricultura regenerativa de fato. Para isso, o mais importante é que iniciativas de regeneração ganhem investimentos e trabalhem com metas tangíveis.
Conceito de agricultura regenerativa
Criada em 1980 pelo agrônomo Robert Rodale, a agricultura regenerativa teve como objetivo inicial recuperar o conhecimento indígena sobre práticas baseadas na natureza, e fazer uma junção entre essas tradições e os avanços científicos que possuímos hoje.
Assim, conseguiremos produzir em escala sem prejudicar o meio ambiente a longo prazo. Por conta disso, a agricultura regenerativa é um sistema baseado em processos naturais e utiliza espécies de serviços que diminuem o consumo de água e recuperam o solo, algumas dessas plantas são:
- Capim mombaça;
- Brachiaria;
- Crotalaria;
- Árvores específicas para produção de bioinsumos locais.
A agricultura convencional além de aumentar a chance da degradação dos solos, perda da biodiversidade e consumo excessivo de recursos hídricos, pode deixar os produtores de alimentos em uma situação socioeconômica vulnerável – já que com a imprevisibilidade das mudanças climáticas geradas pela degração, nos próximos anos as safras podem ser cada vez mais escassas.
5 princípios da agricultura regenerativa
De acordo com o site Um Só Planeta, os cinco princípios da agricultura regenerativa são:
- Reconstruir solos saudáveis férteis, com técnicas de cobertura de solo, menos compactação, redução de fertilizantes químicos e diversificação;
- Potencializar a infiltração de água no solo, retendo água nas plantas e diminuindo o uso em irrigações para criação de um microclima local.
- Preservar a biodiversidade no ecossistema agrícola, utilizando espécies-chave para controle de pragas e doenças de forma natural e com precisão.
- Aumentar capacidade de sequestro e estoque de CO2 no solo, utilizando as espécies de serviço que possuem uma taxa fotossintética alta.
- Produzir alimentos que garantam segurança alimentar e aumentem a renda vitalícia dos produtores.
Tecnologia a serviço da regeneração
E uma grande aliada tanto da sustentabilidade como da regeneração é a tecnologia. Com a inovação de processos, os produtores de alimentos cada vez mais planejam e gerenciam suas operações e com isso evitam desperdícios e otimizam o uso do solo.
Um exemplo disso é a agricultura digital, que conecta diversos elos da cadeia agrícola utilizando a Tecnologia da Informação. Ela auxilia o produtor a analisar, monitorar e acompanhar as atividades de sua fazenda, e a tendência é que essa técnica só se expanda cada vez mais no Brasil e no mundo.
Saiba mais no texto “Como o produtor rural brasileiro se relaciona com a agricultura digital?”.
Conclusão
Neste artigo vimos o que é agricultura regenerativa, como ela surgiu, quais seus princípios e como ela se relaciona com a sustentabilidade no campo. E assim, descobrimos que ela é um passo além da agricultura sustentável e precisa de cada vez mais adeptos.
Além disso, falamos sobre como a tecnologia pode ajudar tanto na sustentabilidade como na regeneração da agricultura. O Grupo Siagri trabalha para levar soluções tecnológicas aos quatro cantos do Brasil, conheça nossos produtos e saiba mais.