Agricultura intensiva: conceito e benefícios

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A agricultura intensiva é um sistema de produção agrícola que se caracteriza pelo uso extensivo de insumos, tecnologia e práticas de manejo visando maximizar a produção por unidade de área.

A população mundial cresce a cada dia e a demanda por alimentos é ainda mais urgente. Neste sentido, a agricultura intensiva surge como uma solução promissora.

A agricultura intensiva promete não apenas aumentar a eficiência e a produtividade agrícola, mas também aproveitar novas oportunidades para produzir em larga escala.

Mas o que exatamente é agricultura intensiva, e quais são as características que a tornam tão poderosa na indústria agrícola?

Neste artigo falaremos sobre os tipos e benefícios da prática para entender se esse é realmente um meio promissor para a agricultura.

O que é agricultura intensiva?

A agricultura intensiva é um método de produção agrícola que se concentra em maximizar a produção em uma determinada área de terra, utilizando alto capital, trabalho, tecnologia e insumos agrícolas.

Nesse sistema, os produtores empregam técnicas avançadas, como irrigação controlada, uso intensivo de fertilizantes e pesticidas, seleção genética de cultivos e criação de gado, além de sistemas de monitoramento e automação.

O objetivo é otimizar o crescimento das plantas ou a produção animal, reduzindo perdas e maximizando os lucros.

A agricultura intensiva pode ser praticada em diversos ambientes, incluindo áreas rurais e urbanas.

Em regiões urbanas, por exemplo, a agricultura vertical e a hidropônica são formas de agricultura intensiva que permitem o cultivo em espaços verticais ou ambientes controlados, como edifícios e estufas, utilizando tecnologia avançada de iluminação, nutrição e irrigação.

Embora a agricultura intensiva possa gerar altos rendimentos e contribuir para a segurança alimentar, ela também enfrenta críticas relacionadas ao uso excessivo de recursos naturais.

Portanto, há um crescente interesse em desenvolver práticas agrícolas mais sustentáveis que equilibrem a intensificação da produção com a conservação e proteção do meio ambiente.

Qual a diferença entre agricultura intensiva e extensiva?

Agricultura intensiva e extensiva são dois sistemas de produção agrícola com abordagens bastante distintas. As principais diferenças entre eles são:

Uso de terra e recursos

  • Agricultura intensiva: há um uso concentrado e intensivo de terra e recursos. Os produtores buscam maximizar a produção por unidade de área;
  • Agricultura extensiva: Por outro lado, na agricultura extensiva, as áreas de terra utilizadas são vastas, mas o uso de recursos é relativamente baixo. Geralmente, as práticas são menos intensivas e mais dependentes das condições naturais, como chuva e fertilidade do solo. Isso resulta em uma produção menor por unidade de área, mas com menos investimento em insumos e tecnologia.

Produtividade e rendimento

  • Agricultura intensiva: tem como objetivo principal maximizar a produtividade e o rendimento por unidade de área. Os produtores buscam altos rendimentos e lucros, utilizando práticas intensivas de cultivo e tecnologias avançadas para otimizar a produção.
  • Agricultura extensiva: A ênfase está mais na extensão das terras cultivadas do que na maximização da produtividade por unidade de área. Os rendimentos podem ser menores, mas os custos de produção também tendem a ser mais baixos.

Escopo geográfico

  • Agricultura intensiva: é mais comum em áreas de alta densidade populacional e onde a terra é limitada, como em áreas urbanas e regiões de agricultura comercial altamente desenvolvida.
  • Agricultura extensiva: tende a ser mais predominante em regiões com baixa densidade populacional e grande extensão de terras disponíveis, como áreas rurais e regiões de fronteira agrícola.

Quais os tipos de agricultura intensiva?

A agricultura intensiva foca na maximização do rendimento. Isso é alcançado através de diversas técnicas, que podem ser agrupadas em alguns tipos principais:

Agricultura de alto rendimento

É caracterizada pelo uso extensivo de insumos, como fertilizantes, pesticidas e irrigação, para maximizar os rendimentos por unidade de área.

Os agricultores empregam técnicas avançadas de manejo e fazem uso de variedades de culturas de alto rendimento para alcançar altas produções.

Agricultura de precisão

A agricultura de precisão utiliza tecnologias como sistemas de informação geográfica (GIS),GPS, drones e sensores para monitorar e gerenciar as operações agrícolas de forma precisa.

Isso permite a aplicação precisa de insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas, reduzindo o desperdício e maximizando a eficiência.

Agricultura vertical

Na agricultura vertical, as culturas são cultivadas em pilhas ou prateleiras verticais, muitas vezes em ambientes internos controlados, como edifícios ou estufas.

Isso permite o cultivo de alimentos em áreas urbanas densamente povoadas, utilizando espaço vertical e tecnologias de iluminação e irrigação controladas.

Hidroponia

A hidroponia é um método de cultivo sem solo, no qual as plantas são cultivadas em soluções nutritivas aquosas em vez de solo.

Este método permite um controle preciso dos nutrientes fornecidos às plantas, bem como um uso eficiente da água, resultando em altos rendimentos por unidade de área.

Aquaponia

A aquaponia combina a criação de peixes em tanques com a produção de plantas em sistemas hidropônicos.

Os resíduos dos peixes fornecem nutrientes para as plantas, enquanto as plantas purificam a água para os peixes. Este sistema integrado é altamente eficiente em termos de uso de recursos e produção de alimentos.

Agricultura em estufas

Nas estufas, as plantas são cultivadas em ambiente controlado, protegidas das condições climáticas adversas.

Isso permite o cultivo de culturas fora de temporada e em regiões com climas extremos, além de proporcionar um ambiente ideal para o crescimento das plantas, resultando em altos rendimentos.

Quais os benefícios da agricultura intensiva?

A agricultura intensiva oferece uma série de benefícios que contribuem para a segurança alimentar, o desenvolvimento econômico e a eficiência na produção agrícola.

Apesar de seus desafios, os benefícios da agricultura intensiva incluem:

Alto rendimento e produtividade

A agricultura intensiva permite a produção de rendimentos agrícolas maiores por unidade de área cultivada em comparação com métodos de cultivo menos intensivos. Isso ajuda a atender à crescente demanda por alimentos em uma população mundial em expansão.

Utilização eficiente dos recursos

Ao fazer uso intensivo de insumos, a agricultura intensiva busca maximizar a eficiência no uso desses recursos. Isso pode resultar em uma utilização mais eficaz da terra disponível e uma redução no desperdício de recursos naturais.

Tempo de produção mais curto

Com o uso de tecnologias avançadas e práticas de cultivo intensivas, esse método pode reduzir o tempo necessário para produzir colheitas maduras. Isso permite uma maior rotatividade de culturas e uma produção mais rápida de alimentos frescos.

Flexibilidade de localização

Alguns métodos de agricultura intensiva, como a agricultura em estufas e a hidroponia, permitem o cultivo de alimentos em ambientes controlados e em locais urbanos ou periurbanos.

Isso oferece maior flexibilidade na escolha do local de produção, reduzindo a dependência de terras agrícolas disponíveis em áreas rurais.

Diversificação da produção

Os produtores têm a capacidade de cultivar uma variedade maior de culturas em uma área menor e reduzir a dependência de uma única cultura, tornando a agricultura mais resiliente a eventos climáticos adversos ou flutuações de mercado.

Desenvolvimento econômico

A agricultura intensiva, especialmente em grandes operações comerciais, pode contribuir para o desenvolvimento econômico das regiões onde está localizada.

Ela gera empregos na produção agrícola, processamento de alimentos e distribuição, além de fornecer uma fonte estável de renda para os agricultores e comunidades rurais.

Como a tecnologia tem impactado no desenvolvimento da agricultura intensiva?

A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento e avanço da agricultura intensiva, impulsionando melhorias na eficiência, produtividade e sustentabilidade da produção agrícola.

Automatização e mecanização

A introdução de máquinas agrícolas avançadas, como tratores automatizados, colheitadeiras e equipamentos de plantio de precisão, permitiu uma automação das tarefas agrícolas.

Isso reduz a dependência da mão de obra manual, aumenta a eficiência e a precisão das operações agrícolas e permite uma gestão mais eficaz da terra.

Sistemas de irrigação inteligente

Tecnologias de irrigação avançadas, como sistemas de irrigação por gotejamento, sensores de umidade do solo e controle automatizado, permitem uma aplicação mais precisa e eficiente de água.

Dessa forma, é possível minimizar o desperdício de água, reduzir os custos de produção e promover o crescimento saudável das plantas.

Monitoramento e sensoriamento remoto

O uso de sensores, drones e sistemas de monitoramento remoto permite coletar dados em tempo real sobre as condições do solo, clima, saúde das plantas e crescimento das culturas.

Essas informações são essenciais para a tomada de decisões assertivas sobre o manejo agrícola, permitindo ajustes rápidos e precisos conforme necessário.

Sistemas de informação geográfica (SIG)

Os SIG são usados para analisar e visualizar dados espaciais relacionados à agricultura, como tipo de solo, declividade, drenagem e produtividade histórica das terras.

Isso ajuda os produtores rurais a tomarem decisões iestratégicas sobre o planejamento de culturas, manejo de terras e otimização do uso de recursos.

Esses avanços tecnológicos têm sido essenciais para impulsionar o desenvolvimento da agricultura intensiva, permitindo que os agricultores produzam mais alimentos de forma mais eficiente e sustentável.

No entanto, é importante garantir que essas tecnologias sejam acessíveis e aplicáveis a uma variedade de contextos agrícolas, garantindo que todos os produtores possam se beneficiar do progresso de modernização.

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Publicado por:
Formada em Comunicação Social Audiovisual, pós-graduada em Linguagens e Processos de Realização para o Cinema e Analista de Conteúdo na Aliare.