6 dicas para aumentar a produtividade na agroindústria

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Aumentar a produtividade na agroindústria é um dos objetivos mais buscados por gestores do setor. Isso porque, de nada adianta aumentar a produção, sem ampliar a rentabilidade.

Sendo assim, para alcançar esse propósito, é necessário não só melhorar o fluxo de trabalho na linha de produção, como também adotar as melhores práticas na gestão em todas as áreas do negócio.

No terceiro trimestre de 2022, a produtividade do trabalho na Indústria de transformação brasileira caiu 2,1% em relação ao segundo trimestre do ano, livre de efeitos sazonais.

Os dados do Portal da Indústria, mostram como o crescimento acaba envolvendo desde a mudança de comportamento de trabalhadores e da empresa até o investimento em tecnologia como também fatores externos. Além da importância de se investir em técnicas efetivas de aumentar a produtividade na agroindústria.

Para saber mais sobre essas técnicas, preparamos um guia completo, com dicas práticas para melhorar a produtividade da sua agroindústria. Confira!

Por que investir na produtividade industrial?

Antes de mais nada, precisamos compreender o conceito de produtividade industrial. E, nesse caso, há uma definição específica: a melhor utilização dos ativos disponíveis – matéria-prima, mão de obra, equipamentos – na produção dos bens oferecidos ao mercado.

Ou seja, a produtividade não é apenas uma questão de tempo, e sim de empregar corretamente os recursos disponíveis da sua agroindústria.

Entretanto, existem vários fatores que podem provocar um impacto negativo na produtividade na agroindústria, como

  • Falta de organização dos processos;
  • Colaboradores desmotivados e sem engajamento;
  • Pouco incentivo em capacitação de pessoas;
  • Atividades e processos ultrapassados;
  • Sobrecarga de tarefas;
  • Falta de investimento em novos equipamentos e tecnologias

Assim, para gerar essa produtividade, as indústrias devem investir em diversos fatores, como mão-de-obra qualificada, especialização dos profissionais, investimento em equipamentos, novas tecnologias e matérias-primas.

A importância de um bom planejamento para a produtividade

O planejamento estratégico dentro da lógica de aumento da produtividade leva a um direcionamento correto da gestão dos processos administrativos, etapas de execução de tarefas, recursos e pessoas.

A importância do planejamento está na necessidade de mapear prioridades, identificar gargalos, propor melhorias nos processos e potencializar a assertividade das ações, tanto nas organizações de grande porte como em pequenas e médias indústrias.

Nesse sentido, o planejamento estratégico irá definir os objetivos da indústria, escolher os indicadores para mensurar os resultados e desenhar os projetos e processos necessários para alcançar esses objetivos.

Mas atenção: o planejamento estratégico é diferente de planejamento e controle de produção!

O planejamento e controle de produção – também conhecido como PCP – é composto por uma série de atividades realizadas antes da produção ocorrer de fato. Ele é fundamental para o controle da produtividade industrial, pois planeja todo o processo, do cronograma à venda.

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Então, como fazer esse planejamento na agroindústria?

Bom, agora que você já sabe o que é produtividade industrial, planejamento estratégico e planejamento e controle de produção, vamos a prática!

Reunimos 6 dicas de como trilhar um caminho para o aumento da produtividade na agroindústria, com bastante planejamento e execução.

1.Melhore o planejamento de produção (PCP)

O PCP tem como objetivo alinhar a demanda da empresa e a linha de suprimento necessária para garantir que a produção aconteça de forma eficaz, mantendo a operação de forma eficiente e os clientes bem atendidos.

A agilidade de processos é um dos seus principais benefícios. Quando as paradas e manutenções dos maquinários e das ferramentas estão previstas no planejamento, a produção se torna muito mais efetiva e produtiva.

Assim, já podemos identificar o quanto o PCP pode auxiliar no aumento da produtividade da agroindústria.

E para melhorar esse planejamento, você pode tomar algumas atitudes, como:

  • Ter um roteiro de produção ideal: estabeleça um fluxograma que vá da matéria-prima até o produto, descrevendo todas as ações que devem ser tomadas nessa fase;
  • Controlar e gerir o estoque: estabeleça ciclos mais curtos de realização de inventários, crie ações para evitar danos e perdas. Quanto mais controlado e eficiente for o estoque, mais fácil será para evitar desperdícios e prejuízos financeiros;
  • Realize a análise de custos: ela identifica, coleta, mensura e classifica valores atrelados à atividade comercial ou produtiva, permitindo aos gestores realizar o custeio e formação de preços, planejamento de vendas, controle e tomada de decisões;
  • Foque no controle de qualidade: deve estar presente em toda a linha de produção, registrando os responsáveis por cada etapa, o que é essencial para um eventual rastreamento no futuro.

2. Ter parceria com bons fornecedores

Ter bons fornecedores, que cumpram prazos e tenham um preço acessível é indispensável para aumentar a produtividade na agroindústria.

A avaliação de fornecedores é um processo que passa inicialmente pela seleção, que deve se basear em critérios como:

  • Preço: o preço ofertado pelo fornecedor deve ser acessível e estar dentro da sua média, mas que nem sempre o de menor valor é o melhor para sua realidade;
  • Prazo de entrega: deve cumprir as suas necessidades (e de seus clientes) quanto à demanda pelas matérias-primas, por exemplo.
  • Qualidade total do fornecedor: analise não somente a qualidade do produto, mas tudo que englobará a negociação, principalmente no quesito logístico e conformidade técnica;
  • Localização do fornecedor: considere a localização do fornecedor ou do seu estoque como fator chave, afinal é preciso ficar atento sobre a disponibilidade dele de atender suas demandas rapidamente, principalmente em caso de produtos perecíveis.

Assim, tenha uma relação baseada na honestidade, transparência e confiança. Isso porque, se você obtém resultados positivos, o seu parceiro também terá um impacto positivo no seu negócio.

3. Controlar a perda de produção

Quando falamos em controle de perdas, estamos abrangendo dois aspectos:

  1. As perdas materiais, de insumos e produtos.
  2. A perda de produtividade, ligada à execução das atividades na empresa.

Implementando um processo de controle, a gestão é capaz de identificar e avaliar riscos, elaborando um plano de ação para minimizar as perdas.

O controle de perdas na produção é composto por diversas práticas, que podem ser definidas de acordo com as necessidades da sua empresa.

A gestão de estoque também deve ser aplicada no controle de perda de produção, de maneira que acidentes frequentes, desvios de insumos, desorganização e armazenamento inadequado devem ser evitados.

Os indicadores de desempenho (KPIs) também auxiliam essa gestão. Orientados pelas metas já estabelecidas, eles servem como braço direito na missão de reduzir e até eliminar as perdas. Alguns dos mais importantes a serem monitorados são, por exemplo:

  • Volume de perdas em determinado período;
  • Valor total das perdas;
  • Relação entre perdas e quantidade disponível em estoque;
  • Relação entre valor das perdas e quantidade em estoque.

Outra dica é otimizar todas as atividades executadas pelos colaboradores na linha de produção. Quando elas não geram valor para o processo, a produtividade é impactada pelo desperdício de tempo e esforço.

4. Investir em treinamento e funcionários capacitados

Uma das formas mais eficientes de aumentar a produtividade da empresa é capacitando os seus colaboradores por meio de treinamentos frequentes, alinhados às principais práticas de excelência do mercado.

Isso envolve diferentes tipos de aprendizados, como:

  • Novas tecnologias, o que garante que os colaboradores operem adequadamente equipamentos modernos, tirando o máximo de proveito deles;
  • Procedimentos de segurança, pois acidentes podem pausar processos e ainda ocasionar o afastamento de funcionários eficientes;
  • Políticas e comportamentos positivos para a interação com colegas. Se todos conhecerem as regras dentro da empresa e as suas normas contra práticas consideradas inadequadas, o ambiente tende a se tornar mais favorável ao trabalho.

Afinal, é no momento de aprendizado que você dá clareza sobre o que é esperado de cada pessoa e, obviamente, mostra como otimizar o trabalho sem prejudicar a qualidade dos produtos.

5. Atualizar processos, identificar e eliminar gargalos

Quando falamos em processos, é preciso estabelecer planos de ação para trocar, consertar ou eliminar os fluxos ineficientes.

Nesse caso, identifique quais áreas precisam desse tipo de ajuste e procure o apoio dos profissionais desses setores para corrigir as deficiências.

Ainda em relação a esses processos, é preciso mapear todo o ciclo de vida do seu produto para identificar cada gargalo que compromete a produtividade da fábrica. Esses gargalos podem ser identificados nos seguintes processos e etapas:

  • Equipamento que não consegue acompanhar o volume de produção dos demais;
  • Etapa extra que atrasa as demais;
  • Processos burocráticos que exigem uma autorização especial que quase sempre demora, interrompendo o fluxo de produtos ou informações;
  • Logística de entrega de um produto que costuma atrasar ou chegar depois das demais matérias-primas etc.

Após identificar os gargalos, avalie os custos que eles geram para a produção e quais atitudes podem ser tomadas para que eles não ocorram mais ou diminuam de frequência.

6. Defina os KPIs para mensuração da produtividade e acompanhe

Os KPIs são combinações de métricas que vão mensurar se os resultados estão sendo atingidos, podendo ser apresentados em número ou porcentagem.

Em termos financeiros, esses indicadores podem ser de: lucratividade, liquidez, faturamento bruto, faturamento líquido, custo por unidade, rentabilidade e nível de endividamento.

Já em relação aos indicadores não financeiros, é possível mensurar diversos tipos de resultados, como:

  • Qualidade: qualidade da matéria prima, eficácia, segurança alimentar, saúde e segurança dos colaboradores;
  • Ambiental: total de área preservada, tratamento de resíduos e reutilização de resíduos;
  • Clientes: satisfação, pós-vendas, reclamações e elogios;
  • Inovação: desenvolvimento de novos produtos, taxa de novas ideias e quantidade de projetos em andamento;
  • Recursos humanos: capacitação dos funcionários, rotatividade e grau de especialização dos colaboradores.

E como fazer tudo isso corretamente?

Para aumentar a produtividade na indústria, é fundamental o investimento em automação e tecnologia de gestão.

Afinal, a automação tecnológica, obtida tanto por meio de equipamentos quanto por softwares, é capaz de elevar a eficiência dos processos industriais e é o que torna todos os outros pontos citados acima uma realidade.

Além de diminuir custos, possibilita que os trabalhadores deixem atividades manuais.

Com um sistema de gestão específico para a agroindústria, é possível ter acesso a ao gerenciamento de manutenções, monitorar o fluxo de trabalho, substituir atividades manuais e repetitivas, contar com um módulo de gestão da produção, melhorando os processos gerenciais do setor e muito mais!

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Atualmente, existem diversas soluções de gestão e tecnologia com foco nas necessidades das pequenas, grandes e médias agroindústrias, que buscam trazer funcionalidades para modernizar e transformar os processos.

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Publicado por:
Arquiteto de soluções na Siagri, com mais de 11 anos de experiência em ERPs. Especialista em Gestão de Negócios e Controladoria Empresarial e Processamento de Dados, Análise e Desenvolvimento de Sistemas.